“Conversas ao pé do cajueiro”, série de lives que conecta pesquisadores e entusiastas da obra de Silva Freire, tem novo episódio marcado para esta sexta-feira (25.08), a partir das 17h, no canal da Casa de Cultura Silva Freire no Youtube.
Produtores dos Tecidos Culturais: Silva Freire e o Jornalismo Cultural é o tema que norteia o 11° episódio que reúne Lorenzo Falcão, jornalista, escritor e imortal da Academia Mato-grossense de Letras, e Eduardo Ferreira, multiartista e comunicador militante da cultura. Como de praxe, a mediação fica por conta da filósofa Maurília Valderez.
No livro Ossatura da Cuiabania, o poeta Silva Freire dedica o Volume 3 de Trilogia Cuiabana aos produtores dos tecidos culturais, dentre eles os que fazem jornalismo cultural, enfatizando sua relevância no ecossistema da cuiabania.
“A atitude de Silva Freire em estimular e apoiar os produtores do tecido cultural incentivando-os a se comportar de modo aguerrido no exercício do jornalismo cultural e da política, nos levou a escolher esse tema para a live 11. Em que medida as críticas de Silva Freire, elaboradas em outro momento histórico-cultural, podem oferecer caminhos para pensarmos as questões urbanas e culturais atuais na cidade de Cuiabá? Como essas questões são contempladas na sua obra poética? São perguntas dessa natureza que orientam nossas lives”, explica Larissa Silva Freire, coordenadora da CSF.
Para Lorenzo Falcão, a obra de Silva Freire é um prato cheio para analises e discussões acadêmicas, e por isso atravessa o tempo e permanece sempre atual.
“A obra de Silva Freire é muito sofisticada, ele canta o regional de uma forma universal. Adoro um poema chamado Águas de Visitação, que dá nome a um de seus livros, com metáforas complexas e situações inusitadas, muito interessante mesmo. Os contos dele são coloquiais, mas com uma sintaxe própria, o que chama atenção dos acadêmicos com leituras mais elaboradas, profundo mesmo”, destaca.
Já Eduardo Ferreira explica porque a obra de Silva Freire continua atual e fala de sua importância para a literatura de Mato Grosso.
“É fundamental discutir Silva Freire, falar sobre sua obra, seus feitos incríveis, sua importância, não só para a literatura de Mato Grosso, mas para a própria cuiabania. As marcas de Silva Freire estão no chão de Cuiabá, nas vias de Cuiabá, no Rio Cuiabá. São marcas que correm e não param nunca. Silva Freire é eterno”, conclui Eduardo Ferreira.
A live “Conversas ao pé do Cajueiro” integra a programação 2023 da Casa Silva Freire, uma das instituições vencedoras do edital Rede Pontos de Cultura, da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT).
Além dos 12 programas “Conversas ao pé do cajueiro”, planejados para ocorrer mensalmente, a Casa Silva Freire oferece ainda uma série de visitas escolares guiadas e oficinas de formação.
A Casa de Cultura Silva Freire, fundada em 8 de abril de 2010, é uma associação sem fins lucrativos, que possui a finalidade de preservar e difundir a obra do poeta Benedito Sant’Ana da Silva Freire e a produção do movimento Intensivismo e Poema//Processo, por meio da promoção e incentivos a cultura, educação, literatura, arte e ciências no Estado de Mato Grosso.
Localizada na Rua Cândido Mariano, 707, Centro Norte de Cuiabá, a Casa de Cultura Silva Freire abriga acervo de imensurável valor, com boa parte da produção cultural do poeta Silva Freire, coleção literária (com muitos textos inéditos), fotos, documentos, áudios, vídeos e objetos pessoais, boa parte desse acervo já disponível ao acesso público e gratuito.
Fonte: Da Assessoria