Para o poeta Silva Freire, a Mandioca é suco-sumo-resumo de sua infância, nos seus limites por ele desenhados no livro Trilogia Cuiabana (1991, vol.1):
"- a Mandioca, núcleo-imã como fronteirinha do Cisqueiro, Araés, da de Cima, da do Meio, a governador Rondon, Prainha, Bau, da do Campo e da Fé, embicadas na Biquinha, defronte do Quintal Grande!" (p.123).
O historiador Rubens de Mendonça, no livro Ruas de Cuiabá, publicado em 1969, descreve: "Esta é uma das mais antigas Praças de Cuiabá. Seu nome primitivo era Largo da Mandioca, pelo qual até hoje é conhecida. Ali ficava o antigo Palácio dos Capitães Generais, casarão colonial, construído em 1726, no Canto do Sebo.
No Largo da Mandioca, em 1790, por ocasião do aniversário do Ouvidor Dr. Diogo de Toledo Lara Ordones se representou uma tragédia de Voltaire, intitulada “Zaira” e se cantou uma ópera “Ésio em Roma”. [...] estava o ponto terminal da linha de bondes de burros, da Companhia Progresso Cuiabano, inaugurada em 1891.
Pedro Celestino, Rua - Antigo Caminho das Trepadeiras, Rua de Cima, depois Rua Augusta. [...] As primeiras habitações de Cuiabá, com caráter definitivo, formaram o bairro da Mandioca, denominação que ainda conserva; do seu prolongamento, em leque, nasceu o Canto do Sebo, referido nos Anais do Senado. Desde 1722 foram as moradias se distendendo em três galhos ao S., convergentes ao Largo da Igreja. Nasceram as ruas de Cima, do Meio e de Baixo, assim chamadas pela inclinação do terreno; oficialmente, em 1850, a rua de cima recebeu a denominação de rua Augusta, como homenagem à princesa Da.Augusta. (p.86-87)."
12 de Outubro, Travessa – Data da descoberta da América, por Cristovão, em 1492. Esta travessa começa na Rua Pedro Celestino e termina na Rua Batista das Neves, em frente ao Cemitério da Nossa Senhora da Piedade. (p.52)."